Cuesta del Madero: O Legado das Alturas em Cada Garrafa

Do Deserto Andino à Excelência Vitivinícola

Antecipadamente, convidamos você a conhecer a Cuesta del Madero, uma vinícola que transformou o árido cenário do Vale do Uco em um santuário de vinhos de altitude. Desde sua fundação em 2001, a família Mas, de origem espanhola, ousou explorar os extremos da Cordilheira dos Andes, criando vinhos que são “poesia geológica” em garrafa.

História: Raízes Ibéricas nos Solos Andinos

Inicialmente, a saga começou com Enrique Mas, enólogo formado em Bordeaux, que trouxe para Mendoza a expertise de vinhedos da Rioja e Uruguai. Ao adquirir terras virgens em Tupungato, uma das regiões mais frias do Vale do Uco, ele vislumbrou o potencial único das alturas. Posteriormente, a segunda geração assumiu o legado, mantendo a filosofia de unir precisão técnica e respeito pelo terroir.

Terroir: O Rugido Silencioso das Alturas

Localizados estrategicamente entre 1.100 e 1.400 metros de altitude, os vinhedos desafiam a aridez com solos glaciais ricos em cascalho e pedras calcárias. Graças ao clima continental – dias ensolarados e noites gélidas –, as uvas desenvolvem acidez vibrante e taninos elegantes, marca registrada do Malbec de Tupungato. Além disso, a irrigação com água de degelo andino imprime minerais como zinco e potássio, garantindo pureza e complexidade.

Filosofia Enológica: Minimalismo com Alma

Sob a liderança da enóloga Lucía Romero (ex-Catena Zapata), a Cuesta del Madero prioriza a voz do terroir. Primeiramente, a colheita noturna preserva o frescor das uvas. Em seguida, fermentações espontâneas com leveduras indígenas evitam interferências. Por fim, tanques de concreto e ânforas de argila substituem a madeira, revelando fruta pura e texturas imaculadas.

Os Vinhos: Geografia em Estado Líquido

Entre os destaques, o Malbec Single Vineyard (Vinhedo La Carrera, 1.320 m) brilha com 18 meses em carvalho francês, notas de ameixa preta e grafite, e 94 pts (Tim Atkin 2023). Já o Gran Corte, blend de Malbec, Cabernet Franc e Petit Verdot, surpreende pela complexidade têxtil e final mineral, premiado no Concours Mondial de Bruxelles. Não menos impressionante, o Chardonnay de Altitude equilibra acidez cítrica e nuances de pêssego branco e flint.

Sustentabilidade: O Futuro Plantado no Presente

Comprometida com o futuro, a Cuesta del Madero foi uma das primeiras argentinas com certificação orgânica (2015). Através de energia solar, alimenta 80% das operações, enquanto cultivos de oliveiras e lavanda promovem biodiversidade. Paralelamente, o projeto Agua Segura leva água potável a comunidades rurais, provando que grandes vinhos nascem de boas práticas.

Enoturismo: Vivendo a Essência Andina

Além da produção, a vinícola oferece experiências imersivas, como colheita manual e degustações na adega esculpida em arenito (14°C natural). Ao caminhar pelos vinhedos, sob o olhar da Cordilheira, percebe-se que cada garrafa é um testemunho de perseverança e paixão.

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