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O que é Champagne?

O que é Champagne?

Com certeza você já ouviu falar do vinho mais famoso do mundo, Champagne! Muitas vezes esse vinho é confundido com uma outra bebida também muito utilizada em comemorações, o espumante. Mas você sabe como os champagnes são feitos? Ou quem foram as pessoas responsáveis por sua existência? Ou até mesmo sua história? Bom, preparamos este artigo para responder todas essas perguntas. 

Antes de tudo devemos entender que todo champagne é um espumante mas nem todo espumante é um champagne. 

Região Champagne

A maior diferença entre esses dois vinhos é que o Champagne é um espumante único produzido em uma região específica. Região a qual leva o mesmo nome do vinho. A região de Champagne está localizada no Nordeste da França e possui plantações de uvas desde os tempos do Império Romano. Essa região é uma das mais frias do país e durante o outono e primavera recebe chuvas constantes. Somente ela pode produzir este tipo de vinho.

História do Champagne

O criador desta bebida foi o monge Dom Pérignon que a descobriu há 334 anos atrás. Além de tê-la descoberto contribuiu para a melhoria da qualidade deste vinho. Pelo fato deste vinho apresentar uma efervescência natural, muita das vezes ele estoura sendo este um dos principais motivos para ser um vinho comemorativo. Entretanto, naquela época esse estouro era algo que causava prejuízo aos produtores. Um outro problema, era a questão da refermentação que ocorria dentro da garrafa. E a partir disso era liberado gás carbônico, provocando uma pressão que estourava os tampões ou arrebentavam as garrafas. 
Estes foram pontos intrigantes para Dom Pérignon, que buscou uma solução. Então ele começou a utilizar garrafas mais fortes, rolhas que eram amarradas com arame e por fim adicionava açúcar e leveduras ao engarrafar as garrafas. Assim ele solucionou o problema do estouro das garrafas e das rolhas. E ainda deu origem à segunda fermentação do vinho ao adicionar o açúcar e as leveduras, que ocorre dentro da garrafa. Conhecido atualmente como Método Champenoise conhecido também como Tradicional, muito utilizado até os dias de hoje. 

Um outro fator que Pérignon cuidou foi a questão da coloração do vinho. E para isso ele começou a misturar dois ou mais vinhos, podendo ser tintos e/ou brancos. Com o tempo, ele aprendeu a controlar os açúcares e fermentos criando uma efervescência incrível, portanto disse que estava “bebendo as estrelas”.  

Uma outra pessoa muito importante para a melhoria desta bebida foi a Madame Clicquot, que de forma repentina se tornou um jovem viúva assim tendo que assumir os negócios da família de seu falecido marido. Ela solucionou o problema dos resíduos que permaneciam na garrafa após a segunda fermentação. Atualmente a vinícola que ela comandava é uma das mais  importantes do mundo e carrega o seu nome, Veuve Clicquot, ou seja Viúva Clicquot.

Como eles são feitos?

Toda produção de vinho começa com a colheita e com este tipo de vinho não seria diferente. A colheita é feita a mão e em pequenos baldes e somente as melhores uvas são selecionadas, podendo assim passar para a próxima fase. 

Após a seleção, as uvas são prensadas. E somente 2,5 mil litros de suco a cada 4 mil quilos de casta podem ser utilizados, ou seja somente a melhor parte do mosto deve seguir para a próxima etapa de produção.  

Depois, o mosto é separado das cascas e levado para os tonéis de inox ou para as barricas de carvalho. Será nesta fase que ocorrerá a primeira fermentação alcoólica, podendo ocorrer de forma espontânea ou forçada. 

Esta próxima etapa é conhecida como assemblage, pois é nela em que os produtores misturam os mostos de diferentes uvas e localidades, dentro da região de Champagne, é claro, para poder criar um vinho equilibrado e de características próprias.  

Depois de todo esse processo, os champagnes são engarrafados e dentro das garrafas são adicionadas leveduras e açúcares para que a segunda fermentação ocorra. 

As garrafas são lacradas com uma tampa de metal, semelhante a uma garrafa de cerveja. Enquanto isso, no interior, as leveduras começam a produzir álcool e dióxido de carbono como subprodutos da fermentação, o que cria bolhas nos vinhos. Eventualmente, as tampas de metal são substituídas por rolhas sólidas e, em alguns casos, açúcares são adicionados neste ponto para equilibrar a acidez do vinho. As garrafas permanecem na adega por mais alguns meses até serem colocadas à vendas para serem apreciadas. 

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Sobre Mariana Albuquerque

Mariana Albuquerque é uma jornalista e sommelière certificada, conhecida por sua habilidade em tornar o mundo dos vinhos acessível e interessante para todos. Com um estilo de escrita cativante, ela escreve sobre tendências, harmonizações e as melhores descobertas no universo dos vinhos. Mariana é também palestrante em eventos de vinhos e autora de um livro sobre vinhos portugueses, que recebeu elogios da crítica especializada. No Blog da Elite Vinho, ela combina sua paixão por contar histórias com seu vasto conhecimento enológico.

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